top of page

O catolicismo judaizante de Olavo de Carvalho


Tenho acompanhado recentemente uma série de postagens do sr. Olavo de Carvalho tratando do judaísmo, e como ele o faz, ao que parece, de um ponto de vista pretensamente católico, me vejo impelido a comentar suas postagens, visto se tratar de um tremendo formador de opinião e com muita credibilidade entre católicos [desavisados].


Nestes últimos dias notei que o sr. Olavo já não nega ser um defensor da ideologia sionista. Porém, conforme escrevi noutro texto, o sionismo é uma ideologia anticatólica. Vejamos então como este senhor tenta ludibriar os católicos tentando compatibilizar o sionismo com o catolicismo:


"Toda vez que Jesus diz "Ouvistes o que foi dito", Ele presta homenagem à Lei antiga."


"Se você reza o Rosário, então presta homenagem à tradição judaica toda vez que contempla a apresentação do Menino Jesus na sinagoga. Não é possível, para o católico, ser cristão sem ser judaico-cristão."


"Jesus foi crucificado não como um pregador ou agitador social qualquer, mas como Rei dos Judeus, Rex Iudeorum."


O que o Olavo está querendo com isto? Está querendo relacionar a tradição atual dos judeus, que é anticristã, com a antiga tradição do povo hebreu, que preconizava a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo. A Lei antiga que Nosso Senhor homenageava é a Lei mosaica, explicitada nos Dez Mandamentos por Deus no Monte Sinai, em torno da qual orbitavam os preceitos incorporados pela tradição religiosa. A antiga religião, que estava sob o império da Lei, em vários aspectos caducou, para dar lugar a "boa nova" anunciada por Nosso Senhor, agora sob o império da Graça, como nos ensina São Paulo: "... realizarei com a casa de Israel e com a casa de Judá uma nova aliança. Não como a aliança que fiz com os pais deles..." (Hb 8, 8-9). Tudo aquilo que permaneceu da antiga Lei, como os Dez Mandamentos e certas práticas litúrgicas, e toda a Boa Nova anunciada por Jesus Cristo, foi entregue à Igreja Católica; são portanto os católicos os que continuam a prestar homenagem à Lei, pois é na Igreja que a Lei continuou organicamente subsistindo; os judeus depois de Cristo continuaram a homenagear a lei que caducou, assim como a falsa tradição das seitas dos fariseus, saduceus, etc., que foi condenada por Nosso Senhor.


Quando o católico reza o Rosário, é desnecessário dizer que ele presta homenagem à "tradição judaica", visto que a verdadeira tradição judaica foi inteiramente absorvida pelo catolicismo, que é a continuação da antiga religião. Portanto o termo "judaico-cristão" é uma redundância. O termo católico basta: ele engloba toda a trajetória do povo hebreu até culminar na Encarnação de Nosso Senhor. A partir do nascimento do Verbo Encarnado começa o pôr do sol do antigo templo e o nascer do sol do novo templo, que é a Igreja, Corpo Místico de Cristo. Nesta transição, o que era velho cessou de existir, como diz São Paulo: "Assim sendo, ao falar de nova aliança, tornou velha a primeira. Ora, o que se torna antigo e envelhece está prestes a desaparecer” (Hb 8, 13).


Sendo então o catolicismo a continuação natural do judaísmo, o termo "judaico-cristão" é impróprio, não só pela redundância, mas pela imprecisão teológica, pois dá a entender que há uma divisão entre a tradição judaica e a tradição cristã, separadas por diferentes fés, e que essas tradições e fés podem ser unidas por um "hífen" para aí sim terem algum significado comum. Aliás, esse termo, até onde sei, não consta nos textos da Igreja, nem dos Pais da Igreja. Parece ser um termo moderno, e se eu estiver enganado e alguém ter cunhado o termo já bem antigamente, de uma coisa estou certo: o seu uso por parte de seitas protestantes judaizantes e de ideólogos com o propósito de exaltar a religião talmúdica e sionista entre os cristãos é coisa recente. Nesse sentido, o sr. Olavo quando cita o mistério da apresentação do Menino Jesus na "sinagoga" esquece de citar os mistérios dolorosos, nos quais contemplamos o sofrimento da Paixão de Nosso Senhor causados pela tradição judaica dos fariseus, esta mesma que os judeus modernos continuam a propagar em suas sinagogas; este judaísmo rabínico-talmúdico definitivamente não é homenageado no Rosário, mas parece que é homenageado no "floreário" de palavras de Olavo de Carvalho.


Olavo ao citar que Jesus Cristo foi crucificado como Rei dos Judeus parece também querer relacionar este fato com os judeus atuais, como que pedindo pra que aceitemos moralmente o judaísmo moderno, porque "Jesus era judeu" — argumento comum entre os judaizantes — e mais ainda, era o Rei dos judeus. Outro truque barato, visto que os católicos é que são agora o povo de Deus, e não os judeus, que perderam esse posto ao rejeitarem o Messias. O problema do sr. Olavo é tratar o judaísmo como questão racial, como fizeram os nazistas que consideravam os judeus uma "raça" inferior, e também os judeus sionistas talmúdicos, que, em contrário, defendem a supremacia racial do "povo eleito". Ligando racialmente Jesus aos judeus modernos, os judaizantes tentam induzir sentimentalmente os cristãos às causas judaicas, como se, ao se reprovar o judaísmo sob qualquer aspecto estivéssemos a reprovar, ainda que muito indiretamente, o próprio Jesus. Além disso, Olavo ignora que o título de Rei dos Judeus foi colocado a contragosto dos próprios judeus que o crucificaram. Foi a providência divina que fez com que na Cruz estivesse presente esta inscrição, para mostrar que aquele a quem crucificavam era o Messias prometido pelos profetas, e que o crime que cometiam contra Ele era o crime de deicídio.


"Que eu saiba, não foi revogada a sentença de Deus de que quem amaldiçoar os judeus será amaldiçoado, e quem os abençoar será abençoado (Gn 12, 3)."


Aqui Olavo novamente invoca a autoridade do antigo povo hebreu para dar guarida aos judeus pós-cristãos. Porém, Em Gênesis 12:3, Deus faz a promessa a Abraão e à sua descendência. Se no Antigo Testamento a descendência de Abraão correspondia ao povo hebreu, no Novo Testamento ela corresponde aos cristãos filhos da Igreja: “Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem nem mulher; pois todos vós sois um só em Cristo Jesus. E se vós sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, herdeiros segundo a promessa” (Gl 3, 28-29). Os judeus depois de Cristo se excluíram dessa descendência e já não são mais os filhos de Abraão, como ensina o Papa São Gregório Magno: “… se vós sois de Cristo, logo sois vós a semente de Abraão. Se devido a nossa fé em Cristo somos considerados filhos de Abraão, os judeus, portanto, por sua perfídia deixaram de ser a Sua descendência”.


Ao contrário do que o Olavo de Carvalho diz, são os que amaldiçoam a Igreja Católica [nova Israel] e seus filhos [descendência de Abraão] que serão amaldiçoados por Deus. A inversão que ele faz aí é grotesca. Os judeus de hoje descendem não de Abraão mas dos fariseus que fizeram justamente amaldiçoar Jesus Cristo, e com isso amaldiçoaram a si mesmos (cumprindo a promessa de Gênesis 12, 3) quando disseram: "Caia sobre nós o seu sangue e sobre nossos filhos!" (Mt 27, 25). Os judeus que não amaldiçoaram Jesus Cristo se tornaram cristãos. Os outros continuaram a vagar pelo mundo, praticando uma falsa religião e muitas vezes tramando contra os povos e contra a Igreja, como fizeram os fariseus, que tramaram contra Nosso Senhor.


"Há pessoas que só estão na Igreja Católica porque são covardes demais para suportar um minuto de dúvida e perplexidade, e encontram um doce reconforto na idéia de que todas as suas opiniõezinhas são garantidas pela chancela da autoridade infalível. Há milhões dessas pessoas no Brasil. Reconhecem-se pelo estilo de decreto canônico com que expressam suas idéias de jerico."


Para um católico, quando há dúvida e perplexidade, encontrar um "doce reconforto" na autoridade infalível da Igreja não é de maneira nenhuma covardia. É, na verdade, coisa muita boa, um grande privilégio. Se algo já foi esclarecido pelo Magistério infalível da Igreja, significa que o próprio Espírito Santo assistiu a Igreja nessa questão. Parece que o sr. Olavo não gosta de pessoas que citam documentos da Igreja contra as suas ideias, essas sim, ideias de jerico; e daí ele atribui aos documentos o caráter de "opiniõezinhas" pessoais, sempre apelando para o recurso de jogar no limbo dos trapaceiros e analfabetos funcionais todos os que lhe contrariam. Se é assim, alguém poderia o desafiar a provar que o trecho acima do Papa São Gregório Magno, que diz que os filhos de Abraão são os cristãos e não os judeus, é uma mera "opiniãozinha" de algum "covarde"; mais ainda, ele deveria provar como verdadeira a tese de que os judeus atuais ainda gozam de uma suposta antiga aliança não-revogada e que eles têm um plano de salvação "diferente" do nosso (leia-se: um plano de salvação sem o Salvador, Jesus Cristo).


"O cagotólico não concorda com S. Paulo Apóstolo: "Se, quanto ao Evangelho, eles são inimigos de Deus, para proveito vosso, quanto à eleição eles são muito queridos por causa de seus pais. Pois os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis."(Rm 11, 28-29)"


Mais do mesmo. Olavo de Carvalho deturpa trechos da Bíblia para encaixar os judeus pós-cristãos nas promessas de Deus ao antigo povo hebreu. Olavo ignora que neste mesmo capítulo da Carta aos Romanos, São Paulo fala da incredulidade e cegueira dos que rejeitaram a Salvação, comparando-os aos ramos que foram cortados da oliveira, e fala também dos pagãos [oliveiras selvagens] que foram enxertados nesta oliveira no lugar dos incrédulos: "É pela incredulidade que foram cortados, ao passo que tu é pela fé que estás firme. Não te ensoberbeças, antes teme. Se Deus não poupou os ramos naturais, bem poderá não poupar a ti." (Rm 11, 20-21). Onde o sr. Olavo encaixaria nesta oliveira os judeus que ainda hoje continuam cegamente a rejeitar seu Salvador? Este capítulo mostra que nem os judeus, queridos aos olhos de Deus por causa de seus pais, serão poupados da perdição eterna, caso não estejam nesta oliveira que é figura de Nosso Senhor Jesus Cristo: "Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: severidade para com aqueles que caíram, bondade para contigo, suposto que permaneças fiel a essa bondade; do contrário, também tu serás cortada. E eles, se não persistirem na incredulidade, serão enxertados; pois Deus é poderoso para enxertá-los de novo. Se tu, cortada da oliveira de natureza selvagem, contra a tua natureza foste enxertada em boa oliveira, quanto mais eles, que são naturais, poderão ser enxertados na sua própria oliveira!" (Rm 11, 22-24). É claro portanto que o chamado de Deus é irrevogável: Nosso Senhor Jesus Cristo continua a chamar os judeus [ramos naturais da oliveira] para que se convertam à verdadeira fé católica, fora da qual não irão se salvar.


Uma outra pergunta deve ser feita: onde o sr. Olavo encaixa o sionismo, movimento ideológico político messiânico, que visa reconstruir uma nação baseada na supremacia étnico-racial talmúdica dos judeus e também reconstruir um falso templo, destruído por Nosso Senhor, e que já não pode oferecer sacrifícios agradáveis à Deus? Onde ele encaixaria uma nação que espera a vinda de um falso messias, dominador dos povos, como esperavam os antigos judeus enganados pela sua cegueira? Pois este falso messias para o qual preparam esse novo Estado de Israel se encaixa muito bem na descrição do anticristo. Daí a gravidade deste senhor sair por aí usando de sua influência para defender temerariamente a ideologia sionista entre os católicos. O que o católico deve fazer não é enxertar na oliveira aquilo que lhe serviria de veneno mortal, uma ideologia judaico-rabínica moderna, e sim seus ramos naturais que foram cortados, os judeus desavisados, que estão no erro de sua falsa religião anticristã; este enxerto se faz pela conversão deles à fé católica, e não pela aceitação de seus erros e pela benevolência para com seus projetos messiânicos, como a restauração da "grande Israel".


"Judeus americanos deram um monte de dinheiro a Trotski, por ser patrício, sem imaginar que ele viria a renegar o judaísmo da maneira mais ostensiva."


É sempre assim: quando surge um judeu notoriamente mau, ele deixa de ser judeu. Acontece que os que renegam o judaísmo da maneira mais ostensiva são os que renegam o catolicismo, pois, como já expliquei, é no catolicismo que a tradição judaica está não somente resguardada, mas como que unida nas suas próprias entranhas. Sendo assim, os judeus-sionistas também renegam o judaísmo. É por demais óbvio que a fé judaica atual é a antítese da fé que tinha Nossa Senhora, a mais verdadeira e pura fé que já existiu entre os judeus de todos os tempos. Enquanto que a fé de Nossa Senhora preconizava tão perfeitamente Nosso Senhor Jesus Cristo a tal ponto de ser escolhida para ser a nova Arca da Aliança, o receptáculo do próprio Cristo, a fé judaico-rabínica pós-cristã não é outra coisa senão a negação radical do mesmo Jesus Cristo que ela carregou no ventre. Se é neste sentido que o sr. Olavo diz que Trotski renegou o judaísmo, estou de pleno acordo, visto que ele era radicalmente anticatólico. Mas suspeito fortemente que ele queira com essa conversa desvincular Trotski da causa sionista, como se no meio sionista existisse um "judaísmo bom". É claro que não há como fazer essa desvinculação porque:


1) o judaísmo moderno independe do que exatamente um indivíduo pensa (ele pode ser abortista e não-abortista, pode ser progressista ou conservador, e assim por diante...); depende tão somente de ele ser um membro de sangue da grande família judaica, ou seja, trata-se da questão racial do "semitismo", que é por sinal um delírio, pois não há, como comentei em meu texto anterior, nada que garanta hoje que alguém seja legítimo descendente de Sem, filho de Noé; logo esta grande família judaica não é senão um grande clube de pessoas ligadas por uma religião anticristã; este anticristianismo pode se manifestar das mais variadas formas, indo desde o padeiro que simplesmente não tem fé em Jesus Cristo e cumpre os preceitos da lei antiga até ao mais feroz revolucionário, como Trotski, um maçom satanista. E num ponto o Olavo está certo: geralmente estes pequenos judeus, como o padeiro, cujo erro é o de estar numa falsa religião, como tantos outros no mundo estão, são os que pagam mais caro pelos erros dos judeus poderosos, os conspiradores, que não pensam duas vezes em trair os seus próprios em nome de suas causas delirantes.


2) o sionismo está ideologicamente ligado ao socialismo, e isto é coisa que o sr. Olavo omite; ele omite a imensa participação dos judeus nos círculos maçônicos onde conspiraram para colocar em prática tanto o sonho socialista quanto o sonho sionista. Logo, Trotski não fez outra coisa senão o que fez também a maioria dos judeus na Rússia, preenchendo as primeiras fileiras da revolução bolchevique, e os judeus sionistas americanos, que do outro lado do oceano financiavam seus confrades.


"Por que a primeira leitura na Santa Missa é sempre a de um profeta hebraico? Como não ter em alta conta o povo que nos transmitiu esse tesouro? Devemos amar até os judeus que não gostam de nós."


Profetas que, vale lembrar, anunciaram a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo como o Messias que a maior parte dos judeus renegaram e continuam renegando até hoje. Os que não renegaram o Messias se tornaram católicos, filhos da Igreja. É claro que, em cumprimento do mandamento de Deus de amarmos o próximo, devemos amar os judeus como devemos amar os maometanos, os budistas, os protestantes, etc., mesmo que eles nos odeiem. Isso não significa, é claro, aceitar os seus erros, como no caso dos judeus, o erro do sionismo, condenado pelos papas Bento XV, São Pio X e Pio XII.


"Não estranho o horror que expressam ao sionismo. O anti-semitismo em certos meios "rad trad" é endêmico."


Ter horror ao sionismo é obrigação de qualquer católico. Como poderia um católico apoiar uma causa político-messiânica que nega o Cristo? Pois já dizia São João: “Quem é o mentiroso, senão o que nega que Jesus é o Cristo? Eis o Anticristo, o que nega o Pai e o Filho” (I Jo 2, 22). Estes que querem atribuir ao sionismo uma mera questão territorial são mentirosos; querem nos fazer acreditar que o sionismo se trata de uma justa causa para que os judeus tenham onde morar, como se já não tivessem onde morar e a maioria deles muito bem estabelecidos por sinal — e por isso essa maioria não irá morar em Israel, porque prefere o conforto de sua vida na Europa ou nos EUA a se aventurar no meio do deserto num paraíso socialista. E a defesa desta falsa causa territorial é sempre amparada no holocausto nazista; passam a falsa ideia de que o mundo inteiro é composto de nazistas em potencial que querem aniquilar a "raça" judaica, e um novo holocausto está prestes a acontecer caso os judeus não tenham a sua própria terra exclusiva. Isto é totalmente falso, tanto que, como já disse, não são todos os judeus (eu diria que não são nem a maioria) que se dispõem a sair do conforto de suas vidas onde já estão estabelecidos para se aventurarem no Estado de Israel. Uma outra coisa: façam o teste de propor para esses defensores do sionismo a criação de um Estado católico, onde só católicos governem e ocupem cargos de poder, baseado no argumento de que os cristãos no mundo árabe, na África e nos regimes comunistas estão sendo perseguidos, e cuja soma de mortos ultrapassa em muito a dos judeus. Vocês verão aí o duplo padrão: para os judeus, vale roubar terras e matar, vale criar um campo de concentração a céu aberto como a Faixa de Gaza, vale dizer que o povo palestino "não é um povo", mas para os cristãos, vale somente o esquecimento do martírio silencioso.


Recentemente vi um texto (e não foi a única vez) que relata judeus sendo pagos para alegarem falsamente que foram vítimas nos campos de concentração. Longe de, com isso, negar que tenha havido um morticínio de judeus, como fazem alguns negacionistas radicais, deve-se questionar o número hiperinflacionado de mortes, que na conta da história oficial é de seis milhões, número esse muito contestado e longe de ser unânime. Há o claro interesse por parte dos próprios judeus sionistas de que esse número seja assombroso, pois é nele que se baseia todo o vitimismo que tornaram os judeus uma classe hiper-protegida e com o direito de criar um país para si próprios da noite para o dia, assassinando e expulsando de suas terras os que ali "ousaram" estar por séculos (incluindo muitos cristãos). É curioso que neste meio da neo-direita se duvide tanto da história contada pelos comunistas, e se aceite tão bem a história oficial do nazismo, contada exatamente pelo mesmo lado vencedor da guerra, os comunistas — que não só venceram a guerra militar, mas principalmente a guerra ideológica — com todo seu aparato de propaganda comunista e anti-fascista [anti-nazista] que dominou todo o ocidente. Há porém quem se dedique a fazer uma revisão histórica dos fatos, ainda que perseguidos e boicotados pela alcunha de "antissemita", mostrando por exemplo que as "câmaras de gás" eram uma impossibilidade tecnológica para a época, como relata Dom Willianson (vídeo) que, claro, teve de forçadamente se retratar por conta da patrulha ao "antissemitismo", mil vezes mais feroz que qualquer patrulha politicamente correta da esquerda militante. Sem as famosas câmaras de gás, cai por terra o número mágico de seis milhões de judeus mortos, e vem à tona a tese de que a maior parte deles tenham morrido mais pelas condições miseráveis dos campos de concentração, por conta da própria guerra (fome, doenças, etc.), do que por um extermínio deliberado e cruel dos alemães. É claro que isto não isentaria de culpa os nazistas, que aprisionaram aquelas pessoas inocentes em campos de trabalho forçado em condições insalubres, levando-as à uma morte miserável, mas destruiria o mito inexplicável dos alemães, do dia pra noite, se tornarem assassinos insensíveis e cooperadores cegos da trama de um pequeno círculo de megalomaníacos do partido nazista. O fato é que sem o holocausto nazista exagerado em máximo grau, o sionismo não teria o poder que tem; certo dia vi um rabino (cujo vídeo não encontro mais) que, numa espantosa confissão, agradece pelo holocausto nazista ter ocorrido, pois dele foi possível a criação do Estado de Israel...


É claro que a tudo isso o sr. Olavo talvez só tenha a responder o que é de costume: rotular de "antissemita" e sair correndo. Mas, como já expliquei e torno a explicar: antissemita é um termo tão esvaziado de significado real quanto é o termo "fascista" na boca de militantes bocós do esquerdismo político. Talvez os genuínos semitas (se é que eles ainda existem puramente) estejam entre aqueles árabes palestinos que foram expulsos pelos judeus europeus, russos e americanos, não tendo estes últimos nenhuma legitimidade histórica ou racial para reclamarem uma terra à qual não têm a menor ligação. Se sabe, por exemplo, que boa parte dos judeus asquenazes são originários da região do sul da Rússia, antigo reino de Khazaria do século X; ali houve a conversão forçada em massa de curdos ao judaísmo pelo rei, por conta de arranjos políticos. Outra parte são judeus sefarditas, da região ibérica, também com pouca ligação atual com a Palestina. Estes novos judeus que, geneticamente têm pouco ou nada da linhagem semita, e que culturalmente estão ainda muito mais distantes do semitismo e da terra palestina, são os que o sr. Olavo pretensamente quer incluir na "raça semita", dando uma conotação racial àquilo que é uma questão religiosa e ideológica.


A criação do Estado de Israel foi boa, no mínimo, para devolver aos judeus as suas antigas virtudes guerreiras, que eles tinham perdido ao longo dos séculos em que tiveram de viver só de arranjos e diplomacia —uma situação que a história demonstrou, é muito mais perigosa do que a guerra.


Mais uma vez Olavo tenta relacionar a situação atual dos judeus com os antigos judeus antes de Cristo. Tudo o que ele disse até aqui se refuta com a simples constatação que já expus antes: esta relação não existe, e aliás, seria contraditória. As antigas virtudes guerreiras do povo de Deus narradas no Antigo Testamento eram assinaladas pela assistência divina que lhes garantiam vitórias sobre inimigos muitas vezes mais poderosos e numerosos. É típico da mentalidade judaizante moderna achar que o empreendimento sionista tem alguma analogia com as antigas guerras do povo hebreu. Quanto engano. A guerra sionista é qualquer coisa menos legítima e amparada por Deus (é mais fácil acreditar que esteja amparada pelo diabo); o Estado de Israel atual não seria possível sem a constante e maciça ajuda financeira e militar dos Estados Unidos, que protege os interesses sionistas enviando "gentios" para a guerra, que de acordo com a mentalidade talmúdica, foram criados para isso mesmo, para servir a "raça eleita" e morrer por ela. Grande "virtude guerreira" dos judeus, que sob a proteção da maior potência militar da história e sentando-se sobre os cadáveres dos cristãos que morrem por eles nas guerras estão comemorando suas paradas-gays nas ruas de Tel-Aviv, mal produzindo o que comem e vivendo do financismo internacional.


*****


Com estes comentários espero ter demonstrado que o sr. Olavo de Carvalho está engajado em difundir a falsa ideologia político-messiânica do sionismo. Nada disso importaria tanto se ele falasse como um líder de seita esotérica para seus iniciados ou como um protestante ou judeu para um público neo-conservador. O problema maior sempre foi o de ele se associar à essas falsas doutrinas enquanto se diz católico e enquanto formador de opinião importante no meio católico. Mas sabemos que um católico não pode defender tais ideias conscientemente e continuar sendo católico, pelo fato simples de que são ideias anticatólicas. A literatura católica que trata sobre o tema da participação judaica na maçonaria e a relação entre maçonaria, comunismo e sionismo não é pequena. Qualquer católico de boa vontade pode checar com seus próprios olhos.

bottom of page